Episódio 4 - Raiton Gan! O abrigo está em perigo!
Os olhos de Seijin misturavam pânico e revolta. Olhou para o lugar onde Osoku estava caído, será que o seu companheiro tinha perdido a vida para nada?
Os olhos de Seijin misturavam pânico e revolta. Olhou para o lugar onde Osoku estava caído, será que o seu companheiro tinha perdido a vida para nada?
- Abram já esta porta! – exclamou Seijin batendo com
violência – IMEDIATAMENTE!
Rakki e Tamashi observavam o vermelho, caso o
inimigo se apercebesse da presença deles teriam que fugir o mais rápido
possível, Yuki não queria acreditar no que estava a acontecer.
- Não podemos abrir a porta. – respondeu uma voz
cada vez mais fraca do outro lado – Não podemos.
- Se vocês não abrirem a porta estarão a
condenar-nos à morte! – bradou Seijin – Será o nosso sangue nas vossas mãos!
- Se eu abrir a porta vocês estão mortos na mesma. –
afirmou a voz do outro lado num tom seco – Mortos.
O vermelho veloz colocou o seu pé em cima da cabeça
de Osoku e num gesto rápido esmigalhou-lhe a cabeça, depois começou a procurar
novas vítimas.
- Acabou a conversa! – vociferou Rakki – Vamos entrar!
Tenho uma Raito Gan! Se não quer morrer saía de perto da porta!
A Raito Gan era uma pequena pistola laser usada por
muitos elementos das brigadas, era preciso muito treino para conseguir
controlar a arma. A Raito Gan furava metal e madeira contudo contra os
vermelhos pouco efeito tinha, usada nos olhos dos vermelhos podia cegá-los por
alguns instantes, tirando isso era pouco útil.
Rakki tirou a arma e começou a fazer um buraco na
porta, depois com um pontapé derrubou-a.
O cenário que os quatro encararam foi horrível, um
velho, de barbas brancas e já calvo, estava deitado no chão a sangrar. Atrás
dele escuridão e muitos gritos.
- Vocês…vocês cometeram um erro. – afirmou.
Os quatro reconheceram a voz, era pessoa que não os havia deixado entrar.
- Porque é que não saíste da frente da porta? –
interrogou Rakki – Porquê?
- Prefiro esta morte. – respondeu o velho – Será mais
rápida. Rakuen…
- O quê? – perguntou Seijin confuso.
- Rakuen espera por mim, o meu corpo apaga-se mas a
minha alma viverá para sempre. Por favor…se deram com a minha neta…Hana…digam-lhe
que amo-a.
Tamashi abraçou o velho que morreu em seus braços.
Rakki ligou a sua lanterna e apontou para a escuridão de onde vinham os gritos,
soltou um grito de horror, dezenas de pessoas arrastavam-se pelo chão, muitas
delas já com pouca carne, com os seus ossos à mostra.
- Sora no byoki! A peste chegou ao abrigo!
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