Tamashi, Rakki, Seijin e
Yuki ficaram em choque. A peste havia chegado ao abrigo. Provavelmente era a
única coisa que todos temiam mais que os vermelhos. Uma doença que arrancava
toda a pele dos humanos e quando estes pareciam estar mortos levantavam-se atacando
outros e alastrando a enfermidade.
- E agora? – questionou Rakki
– Se ficamos somos apanhados pela peste, se saímos somos mortos pelos
vermelhos.
Os esqueletos começaram a
levantar-se vagarosamente, aqueles que não tinham sinal algum de carne já se
tinham transformado. Passo a passo em grunhidos irreconhecíveis aproximavam-se
dos quatro humanos. Quando as surpresas pareciam ter parado, Yuki começou aos
gritos, Tamashi tentou acalmá-lo mas sem sucesso. Seijin olhou para o rapaz
enquanto este entrava em convulsões consecutivas.
- Ikari! – exclamou Seijin
– Ele tem Ikari dentro dele!
Ikari não se poderia
considerar uma doença, era um estado de fúria que durava alguns segundos,
poucos eram os humanos que tinham, aliás só havia sido nomeada de Ikari há
poucos anos atrás.
Yuki numa sucessão de
murros e pontapés derrubou todos os esqueletos, depois virou-se para os três
humanos.
- Ele não nos vê. – afirmou
Seijin – A fúria cega-o.
- Mas não o podemos
matar! – bradou Rakki – O que fazemos?
Os esqueletos voltaram a
levantar-se atrás de Yuki.
- Eles já estão mortos. –
afirmou Tamashi – É impossível matar algo que já está morto. E agora ainda
temos esta criança possuída a querer matar-nos.
- dez…nove… - contava
Seijin – aguardem, está quase!
Alguns segundos depois o
corpo de Yuki caiu, o jovem desmaiou no chão perdendo a sua ira, Tamashi
recuperou o corpo deste antes que fosse apanhado pelos esqueletos.
- Esqueçam. – suspirou Seijin
– Não podemos ficar aqui. Vamos ter que voltar para o exterior. Pode ser que o
vermelho tenha saído de perto daqui.
- Mas se ele ainda
estiver morreremos! – vociferou Rakki – E a morte dos nossos amigos terá sido
em vão!
- Se aqui ficarmos a
morte é mais que certa. – ripostou Tamashi – Temos que procurar um novo abrigo.
Saíram do abrigo, Tamashi
carregava Yuki que ainda encontrava-se sem sentidos, por causa disso voava mais
lentamente que os outros. Subitamente, uma mão vermelha surgiu no seu caminho
derrubando Tamashi e Yuki para o meio dos escombros de um antigo hospital
totalmente destruído pelos vermelhos. Seijin olhou para trás e viu um inimigo
diferente, o adversário mais temido, o vermelho Kyojin. O chefe de todos os
adversários, de trinta metros de altura.
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