terça-feira, 20 de maio de 2014

A Guerra dos Insectos - Parte I - O Pedido das Colmeias

Lembram-se do mosquito  de um dos capítulos de Carnália? Se não se lembram paciência, ou não leram, ou não leram com atenção, ou estavam só a olhar para as letras. Não se deixaram levar pela imaginação. É o mal do mundo actual, há tantas “imagens” que deixamos um pouco de lado as nossas fantasias.
Bom, mas continuando, vamos viajar quatro anos no passado para perceber como é que o mosquito foi parar ao…bom, não vou dizer, se não leram o capítulo não vou andar já aqui a spoilar tudo. O mosquito chamava-se Tizé, e havia feito oito anos. Mais oito anos do que todos os mosquitos anciões lhe davam quando nasceu. Sim, quando Tizé furou a barriga da manhã atirando sangue, veias e bocados de intestino para os arredores de Matagal (nome da localidade onde Tizé nasceu) provocando a morte da sua mãe, todos pensavam que também o bebé não sobreviveria.
Porém, contra todas as probabilidades o mosquito foi-se aguentando, também muito graças ao irmão mais novo, Bidé, que o salvou de vários emboscadas do irmão mais velho, Mané, que o culpava pela morte de sua mãe.
Mas, há quatro anos atrás começou a batalha que todos temiam mas sabiam inevitável. Mosquitos, Moscas, Melgas e Aranhas, quatro colónias defrontar-se-iam na luta pelo trono deixando pelo Rei Pulga, um rei que tinha fodido espécies femininas das quatro colónias e assim fazendo com em que cada uma delas existissem aqueles que achavam ter o direito ao trono, Mané nos mosquitos, Bronto nas Moscas, Chatérrimo nas Melgas e Felácia nas Aranhas.
2010 A.C.S. (2010 Antes da Centopeia Salvadora)
O castelo era silêncio e inquietação. Desde a morte do Rei Pulga, que todos sabiam que a guerra estava prestes a começar. Não era o Inverno que se estava a vir, mas sim toda a espécie de guerreiros. Mané, chefe dos Mosquitos, andava de um lado para o outro dando sinais de nervosismo. Um mosquito mais pequeno entrou na sala real e fez a vénia.
- Que notícias me trazes? – questionou Mané de imediato – Há colmeias ou não?
- Meu senhor – começou o mosquito da guarda real – As colmeias estão a fazer um preço demasiado alto.
- Como assim?
- Como sabe, o seu irmão Bidé entrou muitas vezes em confronto com as colmeias – explicou o guarda – Elas querem o seu irmão.
- E, se eu anuir? – interrogou Mané sorrindo – Teremos as colmeias do nosso lado?
- Certamente, meu senhor.

- Então, tragam cá o meu irmão!

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